segunda-feira, 7 de junho de 2010

Justiça... Um termo cada vez mais circunstancial!

Às vezes costumo de dizer que vivo num país que não precisa que digam mal dele, o seu povo e as suas gentes tratam disso por ele...
No meu país, as classes sociais estão cada vez mais dístantes e egocêntricas, estão a consumir o que outrora fora de todos. As balizas conceptuais que existiam, apenas serviam para limitar um conceito, hoje servem para bloquear e delegar os indivíduos para planos distintos. Uma diferenciação bruta, brutal e que exclui pela quantidade de dinheiro que cada um consegue gastar ou que efectivamente gasta...

Enviaram-me um texto por email que embora recheado de palavrões, retrata muito bem algumas das questões que acima referi. Informo de antemão que não fui eu o autor do texto apenas levo-o aos leitores.


Justo é o CARALHO
"Parece que o Primeiro-ministro terá dito que desta vez os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa.
Justa é o CARALHO!!!!

São 23 horas, cheguei agora a casa e trabalhei hoje doze horas. O meu filho já esta a dormir. Este ano já paguei em impostos e multas dezenas de milhares de euros, todos os meses pago um balúrdio de TSU, tenho custos financeiros indescritíveis por causa da forma como é cobrado o IVA, pago o PEC sobre um rendimento que pode não acontecer e este filho da puta vem-me dizer que os sacrifícios serão distribuídos de forma mais justa???
O CARALHO!!!!!

Tenho semanas durante o ano em que trabalho 20 horas por dia, este fim de semana não sabia sequer que dia era, no dia da greve de uma chusma de paneleiros andei na estrada a pagar portagens e a trabalhar para poder pagar impostos, comecei numa puta duma garagem sozinho e dei trabalho a uma carrada de gente a quem pago o IRS, a Segurança Social, Seguros de Trabalho e todas as taxas que o estado me exige, não negoceio salários brutos, por isso que vão para o CARALHO com as contribuições dos trabalhadores, pago salários decentes e recuso-me a pagar o salário mínimo seja quem for, investi e perdi, arranjei-me, voltei a investir e falhei de novo, recuperei e investi de novo e consegui.
E estes paneleiros do CARALHO vêm agora dizer-me que os sacrifícios são distribuídos de forma justa??? E ainda por cima querem casar uns com os outros!!!

Como o Guterres que fodeu o país todo com o rendimento mínimo garantido, a pior opção económica de sempre, nem sabem sequer o que é não dormir, desesperar, cair e levantar sem pedir um tostão que seja ao filho da puta do Estado?!
Nem subsídio de desemprego nem o CARALHO?!
E tenho que ouvir todos os dias as queixinhas dos funcionários, dos professores com horário zero (!), dos funcionários dos correios, dos anacletos e afins, que fujo ao fisco, que exploro os trabalhadores, que tenho que pagar mais impostos, que sou um parasita?! Já paguei todos os impostos de facturas que até agora não consegui cobrar (IVA e IRC), paguei IRC sobre stocks que não sei se algum dia conseguirei vender e os sacrifícios são distribuídos de forma justa?!
Justo é o CARALHO.

Os 2000 funcionários da CM de Portimão trabalham das 9h às 15h com intervalo para almoço e de caminho a mesma CM gasta o nosso dinheiro em foguetes, almoços, festivais de aviões e de motas de água. Etc; e depois entrega e paga serviços a empresas privadas. Decidiram mudar a escada da parte velha, fecharam-na, derrubaram a antiga e colocaram a estrutura em metal, e após quinze dias retiraram a mesma estrutura e colocaram-na em madeira! E ainda queriam fazer um elevador até à praia!!! E eu pago. Num qualquer Instituto mais de 50 chulos tratam de 9 (!) putos. E eu pago.
Substituem administradores pagando indemnizações, contratam o Fernando Gomes e o Nuno Cardoso (!). E eu pago.
Inventam Institutos e Fundações. E eu pago. Inventam as SCUTS. E eu pago.
O PEC. E eu pago.
O Presidente apela ao patriotismo. E eu pago.
Sr. Presidente, com todo o respeito que me merece: Vá-se foder! Você e os camaradas no avião fretado para irem passear para a China.

A CM de Paredes de Coura faz Parques de estacionamento sem trânsito. E eu pago.
O anacleto Sá Fernandes rebenta com o CARALHO do orçamento da CM de Lisboa. E eu pago.
O Sócrates vai à borla de avião Falcon da Força Aérea. E eu pago.
Sacrifícios???!! De quem, CARALHO?!

Prestam-me um serviço de merda na saúde, a educação é tão miserável que sou obrigado a por o meu puto num colégio privado, nem me atrevo a cobrar dividas em Tribunal devido à miséria que é a Justiça. E pago.
Preciso de uma puta de uma cirurgia e tenho 16.000 pessoas em lista de espera, pelo que se não tivesse um seguro de saúde estaria como milhares de desgraçados que se calhar já morreram. E eu e eles pagamos.
Os sacrifícios são distribuídos de forma justa?
Como, CARALHO?!

E aquela esfinge paneleira de óculos que preside ao Banco de Portugal, que ganha mais que o secretário do tesouro dos E.U.A., está à espera de colectar mais 0,03% do PIB com o aumento do IVA?
Pois tenho uma pequenina novidade para o reconhecido génio: talhos, advogados, lares, lojas de móveis e outros pequenos negócios que conheço já têm a contabilidade e pagam impostos em Espanha e eu, assim seja possível, no ano da graça de 2010 pagarei todo o IVA, IRC e contribuições em Vigo!
A chulice destes filhos da puta que vá cobrar ao CARALHO!!!

E quero que se foda a solidariedade e a conversa de merda porque não me sai do corpo para o dar a chulos. Por alma de quem? Mais Justo??!!
E mais, passo a meter gasolina, gasóleo e gás em Espanha!
Pois é meus amigos, justo é o CARALHO QUE OS FODA!!!!!!!!!!! Mais ao Vara e aos sucateiros que nos fodem a nós.
Só nos faltava este filho da puta para completar o baralho dos gate: Diplomagate; Universidadegate. Casasgate, Covadabeiragate, Relatóriogate, Sobreirogate, Freeportgate, etc; mais este Varagate... Realmente é demais...
Tudo Pró CARALHO!!!!

Um abraço de um Português fodido e refodido como o Caralho…"

"O que te motiva: Amor ou Carência?"

Muitas vezes deparamos-nos com situações emocionalmente desgastantes.
Nesses momentos recorrer ao poder de livros e textos de auto-ajuda resulta em efeitos, sempre, muito subjectivos. Da minha parte, acredito que é sempre bom ter uma visão de terceiros na tentativa de, nessas horas, fazer valer a objectividade. A crença da Psicologia de ser actor e espectador mata a emoção parece muitas vezes fazer efeito...! Será!?

Tudo isto para vos trazer um texto que li à meses atrás e que devo dizer encaixa muito bem nesses momentos menos positivos da nossa vida. O título é: "O que te motiva: Amor ou Carência?" e sua autora é Rosana Braga.

O que te motiva: Amor ou Carência?

“Você está vivendo um relacionamento cheio de conflitos, stress e dúvidas? Sente-se ansioso e tenso, por mais que quisesse sentir paixão, alegria e empolgação? Tem medo de que tudo acabe sem entender o que está fazendo de errado? Talvez você esteja carente... - por Rosana Braga*

Não sei se já aconteceu com você, mas sei de muitas pessoas que entram num relacionamento ou investem pesadamente na possibilidade de começar um, acreditando piamente que o que sentem é amor! No entanto, suas atitudes e suas cobranças são, em geral, carregadas muito mais de carência do que de qualquer outro sentimento.

Ansiosas, impacientes e até agressivas, vão conduzindo o que deveria ser um encontro de amor, como se fosse um grande problema a ser resolvido. Passam o dia sentindo-se tensas, olhando o celular por várias e várias vezes, monitorando os passos do outro e tentando obter atenção a qualquer preço!

Se essas pessoas parassem por um tempo, refletissem sobre seus verdadeiros sentimentos e desejos, questionassem-se sobre o que querem para suas vidas, o que estão buscando num relacionamento de amor, descobririam – surpresas! – que estão num ritmo equivocado, descompassado, desequilibrado...

Morrendo de medo de que o outro não corresponda sua necessidade de carinho, afeto e presença, terminam atropelando a ordem natural dos acontecimentos e se precipitando em sensações, julgamentos e conclusões. Sofrem por antecipação e, muitas vezes, terminam atraindo exatamente o desfecho que tanto temiam justamente por não conseguirem dar tempo ao tempo!

O outro se cansa, perde o interesse, já não consegue enxergar o encanto visto inicialmente e tudo vai por água abaixo. E a impressão que fica é de que o ansioso e carente tinha toda razão de estar assim, tão aflito... Será? Será mesmo que não havia chances ou será que a pressa e o medo de ficar sozinho de novo fizeram com que o verdadeiro sentido do enamoramento se perdesse?

Pra saber se o que você está vivendo é uma promessa de amor, observe: é um encontro criativo, produtivo e leve? É gostoso, empolgante e comporta planos para o futuro? Tem espaço nesta relação para que você se coloque, demonstre o que quer e fale sobre seus sentimentos? Você consegue ser você mesmo ou precisa pensar antes de fazer ou falar qualquer coisa? Ao final de cada encontro, você se sente acolhido e feliz ou preocupado, inseguro e com a sensação de que vai acabar a qualquer momento?

Se suas respostas apontarem para uma relação cheia de conflitos, pesada, tensa e que te deixa bem mais estressado do que sorrindo à toa – que é como ficam os apaixonados – a tendência será justificar todos esses sentimentos e características a partir do comportamento do outro, seja pelo que ele faz ou pelo que deixa de fazer. Seja pelo que diz ou pelo que deixa de dizer...

No entanto, para que haja qualquer possibilidade de felicidade e sucesso nessa ou em outras relações que você vier a viver, é absolutamente preciso que você se reconheça no meio disso tudo! É muito importante que você comece a refletir sobre o que tem feito, o que tem dito e, principalmente, quais as crenças que tem alimentado sobre amor, felicidade e relacionamento.

Ninguém vive uma situação por acaso. Todos nós atraímos pessoas e circunstâncias específicas, que correspondem com a energia que temos alimentado, com as expectativas que temos reafirmado e com a forma como temos lidado com a gente mesma. Se você tem vivido relações insatisfatórias, provavelmente elas estão alinhadas com a forma insatisfatória que você tem vivido sua vida!

E sendo assim, está na hora de rever sua autoestima, sua alegria e sua fé. Está na hora de rever o quanto você realmente se sente merecedor de ser amado e capaz de amar. Porque quem acredita de verdade que merece, age como quem merece e atrai quem está disposto a amar e também ser amado. É uma questão de encaixe, de lei da atração, de lógica do Universo, de perfeição da natureza... É uma questão, sobretudo, de ação e reação.

Claro que isso não significa que uma relação deve acabar quando começar a passar por crises e dificuldades. Afinal, todos nós temos muito a crescer enquanto nos relacionamos. Mas, veja: se você sabe o que quer e sabe o que precisa fazer para conquistar o que quer, suas atitudes e escolhas, mesmo durante uma crise, serão coerentes. E isso vai fazer com que a crise sirva para amadurecer e melhorar e não para afundar mais e mais você e o outro numa lamentável carência.

Enfim, se o que te move é amor, certamente você está consciente, sabe para onde está indo e porque tem investido no relacionamento que está vivendo. No entanto, se o que te move é carência, provavelmente você tem se sentido perdido, confuso, triste, ansioso e vazio. Agora, resta-nos torcer para que você se sinta completamente desiludido. Porque isso significa que terá saído da grande ilusão de que isso possa ser amor. Não é!

A partir de então, poderá reescrever suas crenças, começar a reconhecer quem você é e o quanto tem para dar e receber, e daí sim atrair uma história de amor de gente grande..."

* Jornalista, palestrante, consultora de relacionamentos e autora dos livros “Faça o Amor Valer a Pena” e “O Poder da Gentileza”, entre outros.